domingo, setembro 17, 2006

O que nos dizem...


Porque será que insistimos em contar ás criancinhas histórias de príncipes e princesas que casam, têm muitos filhos e são felizes para sempre?

A versão moderna destes contos infantis são as chamadas revistas cor-de-rosa que exibem uma vasta gama de "beautiful people" permanentemente rodeada de amigos, casas, carros, iates e filhos sempre divertidos e bem vestidos.


Façam o que fizerem, digam o que disserem, a ideia é dar a todas estas pessoas uma imagem próspera e feliz.


Tudo à nossa volta parece indicar que o casamento é sinónimo de felicidade e estabilidade imediatas e nada nem ninguém nos prepara para a realidade que pode ser incrivelmente feliz mas passa por fases de adaptação e tem, necessariamente altos e baixos.


Por outro lado, nunca ninguém diz que, após o nascimento dos filhos, muitos casais entram em crise.
A ilusão que persiste é a de que um filho pode salvar um casamento mas, na verdade, um filho raramente salva um casamento em crise. Antes pelo contrário, pode gerar desentendimentos até num casamento razoavelmente estável.

Casar ou ter filhos podem ser experiências extraordinariamente importantes e construtivas desde que vividas de forma realista. Desde que não contemos com aquilo que ninguém nos pode dar.


Um casamento feliz não tem nada a ver com o clássico mas sim
com um investimento afectivo diário, com uma vontade de fazer mais e melhor e com uma aposta permanente no crescimento, valorização e realização do outro.


Daquele que está ao nosso lado. Só prestando atenção ao outro e ás suas próprias expectativas de felicidade é possível ser feliz e, então sim, ter muitos filhos e ficar juntos para sempre.

Laurinda Alves (Ideias para pensar)


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