sábado, setembro 30, 2006

Memórias de Adriano



Pouco antes de morrer, o imperador Adriano, Pontifex Maximus dos territórios romanos entre 117-138 d.C., decide escrever uma longa carta-testamento ao jovem Marco Aurélio, o futuro imperador-filósofo.

Nela Adriano passa em revista os principais episódios de sua extraordinária existência: a relação de afeto com a mulher de Trajano, Plotina; as campanhas militares em diversas regiões da Europa; as viagens à Ásia Menor; a paixão pela caça; as discussões filosóficas com os principais pensadores do seu tempo; as relações com Trajano, seu antecessor; e o casamento com Sabina.

No entanto, não são as façanhas públicas e heróicas que constituem o centro vital do relato do velho imperador, mas seu amor pelo belo jovem grego Antínoo, que se suicidou no auge do esplendor físico.

A partir dessa perda, Adriano interroga-se sobre o destino, a precariedade da vida e a inevitabilidade da morte, que não poupa senhores nem escravos. "Esforcemo-nos por entrar na morte com os olhos abertos", escreve o imperador nos seus últimos dias, seguindo os preceitos da filosofia estóica que sempre o nortearam.

Lançado em 1951, este romance de Marguerite Yourcenar consumiu quase 30 anos de pesquisas e logo se tornou um clássico da literatura moderna. Poucas vezes uma experiência histórica específica --a biografia de um homem ilustre e o prenúncio da decadência de Roma-- foi transformada pela ficção de modo tão vivo quanto nestas Memórias de Adriano.

Melody

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