Há poucos dias, debatiamos, uma amiga e eu, se o suicidio era uma forma de coragem perante a vida, ou se era uma cobardia?. As opiniões divergiam apenas um pouco...mas divergiam!
Sempre defendi a vida no seu todo, na luta perante as adversidades e na alegria por tudo o que nos traz de bom.
Bem sei que o facto de sermos donos da nossa existência, nos dá a segurança do poder como forma de decisão.
Conta-se que um Judeu, sobreviveu ao Holocauto, porque todos os dias se aproximava do arame farpado electrificado, sabendo que bastava tocá-lo para que todo o horror desaparecesse da sua existência.
Foi no contexto dessa discussão amigável, que resolvi postar as vidas de três mulheres com o mesmo destino, a morte por suicídio!
Sylvia Plath, Virginia Woolf, Florbela Espanca, foram mulheres bem nascidas, educadas e com uma vida confortável financeiramente.
Artistas de arte maior, que é a escrita, amadas pelos companheiros e amigos, nada faria prevêr os seus tristes fins.
Mas...ao lêr-mos os seus legados, depressa chegamos à conclusão que possuíam uma Alma atormentada, que um vazio enorme as consumia, e com o qual não conseguiam lutar.
Mas será que tentaram lutar?
Não! não tentaram! eram possuídas de egos elevados e em constante concentração de si próprias. Tudo e todos os que as rodeavam, eram utilizados nas suas exaltações tanto para o bem, como para o mal.
Nunca souberam lidar com as ambiguidades da vida, nem com o facto de as suas obras à altura, não terem sido devidamente reconhecidas.
Considerando o que foi dito, insisto na minha opinião, querida amiga,que o suicídio é a arma dos cobardes. Nada os demove para que deles se fale, apenas se ouvem a si mesmo, o que acresce à cobardia uma grande dose de egoísmo.
A morte é a única certeza do ser humano!
Por muito que o caminho da vida seja tortuoso, vale a pena ser vivida! É um jogo de astúcia este, o de vivêr...
Melody.
domingo, setembro 10, 2006
Considerando...
Postado por Melody às domingo, setembro 10, 2006
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