domingo, novembro 26, 2006
Mário Cesariny- O Pintor
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Melody
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domingo, novembro 26, 2006
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Marcadores: Pintores-biografia
Mário Cesariny
Pintor e poeta português, natural de Lisboa. A sua formação artística inclui o curso da Escola de Artes Decorativas António Arroio e estudos na área de música, com Fernando Lopes Graça. Mais tarde, viria a frequentar a Academia de La Grande Chaumière, em Paris, cidade onde conheceu André Breton, em 1947. Rapidamente atraído pelas propostas do movimento surrealista francês, tornou-se um dos mais importantes defensores do movimento em Portugal. Ainda nesse ano, integrou o Grupo Surrealista de Lisboa.
Cesariny, figura sempre inquieta e questionadora, afastava-se assim, de maneira definitiva, do movimento neo-realista. Passou a adoptar uma atitude estética de constante experimentação, logo visível nas suas primeiras colagens e pinturas informalistas realizadas com tintas de água, e distribuídas no suporte de forma aleatória. Seria este princípio anárquico que conduziria a obra de Cesariny ao longo da sua vida (incluindo a sua produção poética, que o autor considerava construir a partir deste desregramento inicial das suas experiências na pintura). A continuidade da sua prática plástica levá-lo-ia, portanto, a seguir uma corrente gestualista, por vezes pontuada de um corrosivo humor. Dinamizador da prática surrealista em Lisboa, Cesariny iria criar «antigrupos», com a mesma orientação mas questionando e procurando um grau extremo de espontaneidade, tentativa também visível na sua obra poética. Participou, em 1949 e 1950, nas I e II Exposições dos Surrealistas, pólos de atenção de novos pintores, mas ignoradas pela imprensa.
Crescentemente dedicado à escrita, Cesariny viria a publicar as obras poéticas Corpo Visível (1950), Discurso Sobre a Reabilitação do Real Quotidiano (1952), Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos (1953), Manual de Prestidigitação (1956), Pena Capital (1957), Nobilíssima Visão (1959), Poesia, 1944-1955 (1961), Planisfério e Outros Poemas (1961), Um Auto para Jerusalém (1964), As Mãos na Água a Cabeça no Mar (1972), Burlescas, Teóricas e Sentimentais (1972), Titânia e a Cidade Queimada (1977), O Virgem Negra. Fernando Pessoa Explicado às Criancinhas Naturais & Estrangeiras (1989), e a obra de ficção Titânia (1994). A edição da sua obra não segue linearmente a cronologia da sua produção. Corpo Visível é o volume em que as características surrealistas são já dominantes — em textos anteriores, a denúncia social aproximava-se, por vezes, do neo-realismo, embora já em Nobilíssima Visão esta escola fosse objecto de um olhar crítico. O humor, o recurso ao non-sense e ao absurdo, são marcas da escrita de Cesariny, de uma ironia por vezes violenta, que incide sobre figuras e mitos consagrados da cultura portuguesa e ocidental.
Da sua obra escrita sobre a temática do surrealismo, que analisou e teorizou em vários textos, fazem parte A Intervenção Surrealista (1958), a organização e autoria parcial da Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito (1961), a antologia Surreal-Abjection(ismo) (1963), Do Surrealismo e da Pintura (1967), Primavera Autónoma das Estradas (1980) e Vieira da Silva – Arpad Szènes, ou O Castelo Surrealista (1984).
Nasceu em Lisboa em 1923 e faleceu hoje, Domingo 28 de Novembro de 2006
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domingo, agosto 13, 2006
Jean-Pierre LORAND
Nascido em Valenciana em 1939, conclui os seus estudos no Instituto de S. Lucas em Bruxelas.
Apesar de ser designer publicitário, é como autoditacta que começa o seu estilo de pintura.
Descobre a Grécia onde é seduzido pela luz e pela paz secular das ilhas.
Em 1977 deixa o design e passa a pintar a tempo inteiro.
É um artista que encontrou o modo de travar o sabor do tempo que passa, e em que o pincel poetiza tudo o que toca...
Na sua companhia sentimo-nos bem em qualquer momento onde a vida páre, onde podemos saborear o instante, onde nada mais ha a fazer que deixar o tempo sonhar...
Melody.
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segunda-feira, julho 03, 2006
Vincent Van Gogh (1853-1890)


Van Gogh nasce em 1853 na pequena Vila de Zundert,no sul da Holanda.
Depois de mal sucedido como negociante de arte e como professor, decide dedicar-se ao desenho e à pintura.
Trabalha regra geral ao ar livre, expressando o seu amor pelos campos e camponeses.
As cores sombrias caracterizam esses primeiros trabalhos e evocam o solo pisado pelos camponeses nas suas caminhadas, assim como as casas que habitam.

A verdadeira ambição de Van Gogh era tornar-se um famoso retratista, começando então a retratar algumas figuras da terra, mas o produto final sairia bastante inconvencional, motivo pelo qual os retratos não foram bem aceites.
Van Gogh viaja para Paris, onde permanece no período de 1886 a 1888. De inicio ainda mostra as cores escuras dos seus trabalhos Holandeses, como se pode verificar no quadro "A Pair of Shoes".
Enquanto vive em Paris, Van Gogh pinta cerca de vinte e oito auto retratos.
Do ponto de vista prático, pintar-se a seu gosto e de várias formas, tornou--se conveniente, uma vez que o artista não tinha dinheiro para pagar a um modelo, mas os seus auto-retratos ofereciam as variadíssimas personagens e características que Van Gogh queria projectar de si mesmo.
Em Paris a sua arte muda drásticamente debaixo da infuência do impressionismo e pós-impressionismo, que na altura dominava os pintores vanguardistas.
As cores escuras da paleta, do período Holandês, deram lugar a cores vibrantes e luminosas.
Mais atraído pelo mundo rural do que pela cidade, Van Gogh frequentemente pinta os subúrbios de Paris ou os grandes jardins de Montmarte.
Nos principios de 1888, Van Gogh deixa Paris pela pequena Arles na Provença.
Fascinado com a intensa luz do sul ele tenta capturar na tela o brilhantismo das suas cores.
O ano que passa em Arles foi o mais produtivo período de Van Gogh. Juntamente com os seus temas preferidos, estavam tambem frondosas árvores e campos de trigo, símbolos apropriados de renovação e fertilidade.
Em Setembro de 1888, Van Gogh muda-se para o que chamou de "Casa Amarela" em Arles, a qual aluga como estúdio por vários meses, esperandoestabelecer uma colónia de artistas, convida os amigos de Paris para se lhe juntarem na casa e na qual ele próprio concebeu uma complexa decoração. Apenas Gauguin compareceu e por apenas um período de dois meses em Outubro de 1888.
Acometido de grande depressão e ataques epiléticos, Van Gogh interna-se voluntáriamente no hospital psiquiàtrico de Saint Rémy. Entre os ataques, ele pinta com enorme lúcidez, tudo o que vê através da janela do hospital. Em 1890 Van Gogh regressa ao norte de França.
Gasta os últimos dois meses de vida em Auvers-Sur-Oise, perto de Paris, pintando os bosques e os campos de trigo que cercavam a vila. Talvez procurando uma série decorativa, explora uma variedade de humores, conforme as condições climatéricas.
Apesar da sua reputação estar a crescer, Van Gogh entra em depressão profunda, a qual o deixa impossibilitado de pintar.
Suícida-se a 27 de Julho de 1890.
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segunda-feira, julho 03, 2006
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