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sábado, fevereiro 10, 2007

Frederico Garcia Lorca





Nascido numa pequena localidade da Andaluzia, García Lorca ingressou na faculdade de Direito de Granada, em 1914, e cinco anos depois transfere-se para Madri, onde fica amigo de artistas como Luis Buñuel e Salvador Dali. Publica seus primeiros poemas.

Grande parte dos seus primeiros trabalhos se baseia em temas relativos à Andaluzia (Impressões e Paisagens, 1918), à música e ao folclore regionais (Poemas do Canto Fundo, 1921-2) e aos ciganos (Romancero Gitano, 1928)

Concluído o curso, vai para os Estados Unidos e Cuba, período de seus poemas Surrealismosurrealistas, manifestando seu desprezo pelo modus vivendi americano. Expressa seu horror com a brutalidade da civilização mecanizada nas chocantes imagens de Poeta em Nova York (publicado em 1940).

Voltando à Espanha, cria um grupo de teatro chamado La Barraca. Não oculta suas idéias socialistas e, com fortes tendências homossexuais, foi certamente um dos alvos mais visados pelo conservadorismo espanhol que, sob forte influência católica, ensaiava a tomada do poder, dando início a uma das mais sangrentas guerras fratricidas do Século XX.

Intimidado, Lorca retorna para Granada, na Andaluzia, na esperança de encontrar um refúgio. Ali, porém, tem sua prisão determinada por um deputado católico, sob o argumento (que tornou-se célebre) de que ele seria "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver".

Assim, num dia de agosto de 1936, sem julgamento, o grande poeta é executado com um tiro na nuca pelos nacionalismonacionalistas, e seu corpo é jogado num ponto da Serra Nevada. A caneta se calava, mas a Poesia nascia para a eternidade - e o crime teve repercussão em todo o mundo, despertando por todas as partes um sentimento de que o que ocorria na Espanha dizia respeito a todo o planeta... foi um prenúncio da Segunda Guerra Mundial.


Exílio na morte


Assim como muitos artistas - e a obra Guernica, de Pablo Picasso, durante o longo regime ditatorial do "Generalíssimo" Franco, suas obras eram consideradas clandestinas na Espanha.

Com o fim do regime, e a volta do País à democracia, finalmente sua terra natal veio a render-lhe homenagens, sendo hoje considerado o maior autor espanhol, desde Miguel de Cervantes

Lorca tornou-se o mais notável numa constelação de poetas surgidos durante a guerra, conhecida como "geração de 27", alinhando-se entre os maiores poetas do século 20. Foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista. Sua música se reflete no ritmo e sonoridade de sua obra poética. Como dramaturgo, Lorca fez incursões no drama histórico e na farsa antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias rurais passadas na Andaluzia, Bodas de Sangue(1933), Yerma(1934) e A Casa de Bernada Alba(1936) asseguraram sua posição como grande dramaturgo.

(Fonte: wikipédia)

sábado, novembro 25, 2006

Carlos Drummond de Andrade



Carlos Drummond de Andrade

Poeta e prosador brasileiro (Itabira, MG, 1902 – Rio de Janeiro, 1987). Poesia complexa e profunda, de
múltiplas facetas: a visão de um universo grotesco, a tristeza e horror à vida, o senso de solidariedade humana, a luta pela expressão. Em gênero mais leve, como a crônica, revela, ora com desencanto, ora com espírito satírico, minuciosa observação do quotidiano. Tem sido traduzido para várias línguas e reconhecido o seu valôr humano e poético.


Melody

sábado, setembro 09, 2006

Florbela Espanca



FLOR BELA, RAÍZES E RAMOS
Vila Viçosa, final do ano de 1894, noite de sete para oito de Dezembro.
Antónia da Conceição Lobo sente as dores do parto. Nasce uma menina. Não vem ao encontro das alegrias da família. Não há assim lugar ao habitual regozijo de tais momentos. Não parece ter sido desejada por qualquer das partes. É baptizada como filha de pai incógnito. Avôs e avós também incógnitos. É-lhe posto o nome de Flor Bela de Alma da Conceição. Na literatura portuguesa será chamada Florbela Espanca. Apelido que receberá do pai, João Maria Espanca, já então levantado o véu encobridor. Curiosamente, o padre que a baptiza e a madrinha usam o mesmo apelido.
A mãe morre algum tempo depois.
Tem infância sem falta de carinhos e a sua subsistência não será ensombrada por insuficiências que atingem muitas das crianças que nascem em circunstâncias semelhantes.
O pai não a deixará desprovida de amparo. Ela própria assim o diz quando aos dez anos, em poema de parabéns de aniversário ao "querido papá da sua alma" escreve que a "mamã" cuida dela e do mano "mas se tu morreres/ somos três desgraçados" .
Será acarinhada pelas duas madrastas, como revelará na sua própria correspondência.
Ingressa no liceu de Évora.
Num tempo em que poucas raparigas frequentam estudos, e bonita como é, apesar de umas tantas vezes afirmar o contrário, põe à roda a cabeça dos colegas.
Inicialmente sem dificuldades económicas, como deixa perceber. Explicadora, trabalhará ensinando francês, inglês e outras matérias. Mais tarde, com vinte dois anos, irá cursar Direito na Universidade de Lisboa.
Edita os seus primeiros livros, Livro de mágoas em 1919, e em 1923 Livro de Soror Saudade.
Refere o seu Alentejo e os locais ligados às suas origens, e exalta a Pátria em alguns poemas. Mas a sua escrita situar-se-á sobretudo no campo da paixão humana.
AS FACES DUMA PERSONALIDADE
Como dizem vários estudiosos da sua pessoa e obra, Florbela surge desligada de preocupações de conteúdo humanista ou social. Inserida no seu mundo pequeno burguês, como evidencia nos vários retratos que de si faz ao longo dos seus escritos.

Não manifesta interesse pela política ou pelos problemas sociais. Diz-se conservadora.
Uma quase inventariação das suas diferentes personalidades desenha-se nas palavras de um dos seus contos, a que deu o titulo À margem de um soneto que integra o volume intitulado O Dominó Preto.
Quem, ao ler a sua obra poética, a sua prosa, as suas cartas, os seus outros escritos, não a vê usar um milhar de vezes para si própria, termos semelhantes, ultrapassando até tais qualificativos e exageros?
Quem é realmente Florbela?
Ninguém é definível numa só dimensão, num só conjunto de qualidades. Todo o ser é uma intersecção de adjectivações diferentes e até opostas.
O seu egocentrismo, que não retira beleza à sua poesia, é por demais evidente para não ser referenciado praticamente por todos.
Na sua escrita há um certo numero de palavras em que insiste incessantemente. Antes de mais, o EU, presente, dir-se-á, em quase todas as peças poéticas. Largamente repetidos vocábulos reflexos da paixão: alma, amor, saudade, beijos, versos, poeta, e vários outros, e os que deles derivam.

Escritos de âmbito para além dos que caracterizam essa paixão não são abundantes, particularmente na obra poética. Salvo no que se refere ao seu Alentejo.
Florbela, poetisa, não pode ser separada da sua condição de mulher, das suas paixões, da sua maneira de ser, da sua vida, das suas contradições, humildade e orgulho, preconceitos, sua presença e ausência, seus amores e desamores.
Poucos dias antes de morrer interroga-se "que importa o que está para além?" Responde, repetindo o que diz no soneto A um moribundo: seja o que for será melhor que o mundo e que a vida.

A morte anunciada ao longo da sua escrita ocorrerá pouco depois. Põe fim à vida em 8 de Dezembro de 1930, dia em que faz trinta e seis anos, em Matosinhos, onde vive. Aí é enterrada sendo mais tarde trasladada para a sua terra natal.
(Rolando Galvão)

segunda-feira, setembro 04, 2006

Sylvia Plath



Sylvia Plath nasceu em 27 de outubro de 1932 e suicidou-se a 11 de fevereiro de 1963, quanto tinha apenas 30 anos. Até então sua única obra poética era The Colossus, publicado em 1960. Mas são os poemas escritos após a publicação de seu primeiro livro que a transformaram num mito da poesia contemporânea.Os seus últimos dez meses de vida foram marcados por uma intensa atividade poética que gerou seus melhores poemas, uma obra que a elevou ao patamar dos grandes poetas do século.

Plath é frequentemente classificada como poeta confessional. Neste sentido,a sua vida é retratada fielmente na sua poesia, de alto grau emocional. Plath sempre foi marcada por uma forte instabilidade, fruto do trauma causado pela morte do pai quando ainda era uma criança de oito anos. A morte do pai foi a essência da imagem do colosso masculino, do deus másculo e onipotente que ela ao mesmo tempo adorava e repudiava.

A sua vida foi marcada pela sombra de homens que considerava poderosos e opressores, figuras que ao mesmo tempo a inspiravam e a diminuíam. Ao lado do pai, Plath posicionou o marido Ted Hughes, também poeta, homem que ela admirava profundamente. Plath adorava estas duas figuras masculinas e inseriu-as na sua poesia na forma do mito do deus ausente ou morto, cuja ausência ou morte ora é lamentada e ora é celebrada.

Em julho de 1962 Plath descobre o envolvimento adúltero de Hughes com outra mulher e seu mundo desmorona. Plath percebe que vivia uma fantasia e esta constatação dá início à produção de seus maiores poemas. O divórcio consuma-se em outubro desse mesmo ano, um momento de intensa criatividade. Deste período surgem os poemas mais fortes e mórbidos de Plath. A morte está mais presente do que nunca. O seu imaginário é preenchido por sangue, desmembramento, ossos e órgãos internos que criam imagens muito fortes na sua poesia.

Plath muda-se em Dezembro com os dois filhos para um apartamento em Londres durante um dos mais frios invernos do século. Em Janeiro, cerca de um mês antes de se suicidar, é publicado The Bell Jar, um romance autobiográfico que explora o seu passado e os seus traumas.

Wilton Rossi

Time of Peace


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A peace of freedom... Melody