quinta-feira, abril 10, 2008
Liberdade
Postado por
Melody
às
quinta-feira, abril 10, 2008
0
comentários
Marcadores: Para meditar
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
Desert Rose
Sweet desert rose
This memory of Eden haunts us all
This desert flower, this rare perfume
Is the sweet intoxication of the fall.
Melody
Postado por
Melody
às
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
0
comentários
Marcadores: Para meditar
quarta-feira, agosto 15, 2007
Cidade dos Anjos
Um filme maravilhoso, que nos dá as respostas para muitas das perguntas que fazemos.
Todos os caminhos têm um preço.
Tudo tem um fim.
Melody
Postado por
Melody
às
quarta-feira, agosto 15, 2007
1 comentários
Marcadores: Para meditar
sábado, julho 07, 2007
O Declínio da Terra
A União Europeia publicou, na semana passada, um relatório científico segundo o qual as alterações climáticas devastarão o continente, à medida que o aumento das temperaturas vai destruindo os ecossistemas.
A tradicional fertilidade dos solos europeus, que deu ao mundo a vinha e o olival e que actualmente produz cruciais quantidades de cereais, leite e lacticínios, não sobreviverá às alterações climáticas deste século. A vida selvagem será, também, completamente destruída.
Prevê-se que o Mediterrâneo se torne demasiado quente para as actividades turísticas que tanto contribuem para a economia dos países da região e a neve de montanhas como os Alpes derreterá, resultando também em enormes consequências económicas. Os impactos sociais também serão sentidos, com o aumento da taxa de mortalidade causada pelo calor e de eventos meteorológicos extremos.
De acordo com o The Independent, este relatório deverá ser utilizado pela União Europeia na defesa das novas metas anunciadas para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, no esforço de combate às alterações climáticas.
A Comissão Europeia já propôs a definição de novos objectivos para 2020, advogando a diminuição das emissões da Europa em 30 por cento, se outros países desenvolvidos aderirem à iniciativa. Sem a participação destes, a União Europeia está disposta a reduzir as emissões, mesmo assim, em 20 por cento, face aos níveis de 1990.
A realidade é que os elementos essenciais da vida humana civilizada, como a alimentação, a água, a madeira e o combustível, estão todos dependentes do funcionamento equilibrado dos ecossistemas. Se as alterações climáticas devastarem, como previsto, esses ecossistemas, as consequências serão desastrosas.
«Embora resultem em melhorias para alguns serviços ecossistémicos, uma grande porção sofrerá impactes adversos devido à seca, à redução da fertilidade dos solos, aos incêndios e outros factores causados pelas alterações climáticas», lê-se no relatório comunitário.
«A Europa pode esperar um declínio da terra arável, um declínio nas áreas florestais do Mediterrâneo, um declínio nos armazéns de carbono e na fertilidade dos solos e um aumento do número de bacias com escassez de água. Aumentará a perda de biodiversidade», cita o The Independent.
O relatório admite que alguns países sairão beneficiados das alterações climáticas. O Norte da Europa deverá conhecer um acréscimo dos rendimentos agrícolas, a par de uma popularização da actividade turística devido às temperaturas demasiado quentes do Sul do continente. As mortes devidas às baixas temperaturas de Inverno vão baixar.
Contudo, os efeitos negativos são muito superiores a estas vantagens. Nos países do Mediterrâneo, a produção agrícola vai decrescer dramaticamente devido às secas e os incêndios florestais vão tornar-se ainda mais frequentes, dificultando a actividade agrícola. Além disso, alguns stocks de espécies piscatórias vão deslocar-se dos seus presentes habitats à medida que a água do mar for aquecendo.
Outras ameaças directas das alterações climáticas são mencionadas pelo relatório, como é o caso dos custos de intervenções nas áreas costeiras para controlar o aumento do nível das águas do mar; prevê-se que este tipo de obras venha a custar milhares de milhões de euros.
Acresce que a frequência e magnitude de desastres naturais vão subir, com inundações cada vez mais frequentes e severas a afectar muitas áreas do continente europeu. Os custos totais dos danos causados por este tipo de eventos deverão subir de 47,5 mil milhões para 66 mil milhões de euros, no caso de um aumento da temperatura média de 3ºC.
(in The Independent)
Melody
Postado por
Melody
às
sábado, julho 07, 2007
0
comentários
Marcadores: Para meditar
segunda-feira, maio 07, 2007
A Alma dos Diferentes
Diferente não é quem pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não
foi imitado, nunca um ser diferente.
Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora,
momento e lugar errados para os outros. Que riem de inveja de não serem
assim. E de medo de não aguentar, caso um dia venham, a ser. O diferente é
um ser sempre mais próximo da perfeição.
O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido por pessoas menos
sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente,
talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças, mortas. Um diferente
medroso, este sim, acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente
que não vingou.
Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os
entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo
inteiro. Diferente que se preza entende o porquê de quem o agride. Se o
diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.
O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer - alterando
algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere
a ira do irremediavelmente igual: a inveja do comum; o ódio do mediano. O
verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo.
O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais de mãos
dadas, e até mesmo alguns adultos por omissão, se unem para transformar o
que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção
aguçada em : "Puxa, fulano, como você é complicado". O que é o embrião de um
estilo próprio em : "Você não está vendo como todo mundo faz? "
O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações os quais acaba
incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram
( e se transformam) nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo
dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto
todos em torno agridem e gargalham. É o que engorda mais um pouco; chora
onde outros xingam; estuda onde outros burram. Quer onde outros cansam.
Espera de onde já não vem. Sonha entre realistas. Concretiza entre
sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados. Cria onde o hábito
rotiniza. Sofre onde os outros ganham.
Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera. Aceita empregos que
ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda
onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não
desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o
adversário fazer o golo, porque gosta mais de jogar do que de ganhar. Ele
aprendeu a superar riso, deboche, escárnio, e consciência dolorosa de que a
média é má porque é igual.
Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados,
magros demais, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo,
excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas
erradas, cheios de espinhas, de malícia ou de baba. Aí estão,
doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas
deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir entender.
Nessas moradas estão tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são
capazes.
Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja
suficientemente forte para suporta-lo depois."
Artur da Távola
Postado por
Melody
às
segunda-feira, maio 07, 2007
0
comentários
Marcadores: Para meditar
quarta-feira, maio 02, 2007
Carta de Mia Couto ao Presidente Bush.
Senhor Presidente:
Sou um escritor de uma nação pobre, um país que já esteve na vossa lista negra. Milhões de moçambicanos desconheciam que mal vos tínhamos feito.
Éramos pequenos e pobres: que ameaça poderíamos constituir? A nossa arma de destruição massiva estava, afinal, virada contra nós: era a fome e a miséria.
Alguns de nós estranharam o critério que levava a que o nosso nome fosse manchado enquanto outras nações beneficiavam da vossa simpatia. Por exemplo, o nosso vizinho - a África do Sul do "apartheid" - violava de forma flagrante os direitos humanos. Durante décadas fomos vítimas da
agressão desse regime. Mas o regime do "apartheid" mereceu da vossa parte uma atitude mais branda: o chamado "envolvimento positivo". O ANC esteve também na lista negra como uma "organização terrorista!".
Estranho critério que levaria a que, anos mais tarde, os taliban e o próprio Bin Laden fossem chamadas de "freedom fighters" por estrategas norte-americanos.
Pois eu, pobre escritor de um pobre país, tive um sonho. Como Martin Luther King certa vez sonhou que a América era uma nação de todos os americanos. Pois sonhei que eu era não um homem mas um país. Sim, um país que não conseguia dormir. Porque vivia sobressaltado por terríveis factos. E esse temor fez com que proclamasse uma exigência. Uma exigência que tinha a ver consigo, Caro Presidente. E eu exigia que os Estados Unidos da América procedessem à eliminação do seu armamento de destruição massiva.
Por razão desses terríveis perigos eu exigia mais: que inspectores das Nações Unidas fossem enviados para o vosso país. Que terríveis perigos me alertavam? Que receios o vosso país me inspiravam? Não eram produtos de sonho, infelizmente. Eram factos que alimentavam a minha desconfiança. A lista é tão grande que escolherei apenas alguns:
- Os Estados Unidos foram a única nação do mundo que lançou bombas atómicas sobre outras nações;
- O seu país foi a única nação a ser condenada por "uso ilegítimo da força" pelo Tribunal Internacional de Justiça;
- Forças americanas treinaram e armaram fundamentalistas islâmicos mais extremistas (incluindo o terrorista Bin Laden) a pretexto de derrubarem os invasores russos no Afeganistão;
- O regime de Saddam Hussein foi apoiado pelos EUA enquanto praticava as piores atrocidades contra os iraquianos (incluindo o gaseamento dos curdos em 1988);
- Como tantos outros dirigentes legítimos, o africano Patrice Lumumba foi assassinado com ajuda da CIA. Depois de preso e torturado e baleado na cabeça o seu corpo foi dissolvido em ácido clorídico;
- Como tantos outros fantoches, Mobutu Seseseko foi por vossos agentes conduzido ao poder e concedeu facilidades especiais à espionagem americana: o quartel-general da CIA no Zaire tornou-se o maior em África. A ditadura brutal deste zairense não mereceu nenhum reparo dos
EUA até que ele deixou de ser conveniente, em 1992;
- A invasão de Timor Leste pelos militares indonésios mereceu o apoio dos EUA. Quando as atrocidades foram conhecidas, a resposta da Administração Clinton foi "o assunto é da responsabilidade do governo indonésio e não queremos retirar-lhe essa responsabilidade";
- O vosso país albergou criminosos como Emmanuel Constant, um dos líderes mais sanguinários do Taiti, cujas forças para-militares massacraram milhares de inocentes. Constant foi julgado à revelia e as novas autoridades solicitaram a sua extradição. O governo americano recusou o pedido.
- Em Agosto de 1998, a força aérea dos EUA bombardeou no Sudão uma fábrica de medicamentos, designada Al-Shifa. Um engano? Não, tratava-se de uma retaliação dos atentados bombistas de Nairobi e Dar-es-Saalam.
- Em Dezembro de 1987, os Estados Unidos foi o único país (junto com Israel) a votar contra uma moção de condenação ao terrorismo internacional. Mesmo assim, a moção foi aprovada pelo voto de cento e cinquenta e três países.
- Em 1953, a CIA ajudou a preparar o golpe de Estado contra o Irão na sequência do qual milhares de comunistas do Tudeh foram massacrados. A lista de golpes preparados pela CIA é bem longa.
- Desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA bombardearam: a China (1945-46), a Coreia e a China (1950-53), a Guatemala (1954), a Indonésia (1958), Cuba (1959-1961), a Guatemala (1960), o Congo (1964), o Peru (1965), o Laos (1961-1973), o Vietname (1961-1973), o Camboja (1969-1970), a Guatemala (1967-1973), Granada (1983), Líbano (1983-1984), a Líbia (1986), Salvador (1980), a Nicarágua (1980), o Irão (1987), o Panamá (1989), o Iraque (1990-2001), o Kuwait (1991), a
Somália (1993), a Bósnia (1994-95), o Sudão (1998), o Afeganistão
(1998), a Jugoslávia (1999)
- Acções de terrorismo biológico e químico foram postas em prática pelos EUA: o agente laranja e os desfolhantes no Vietname, o vírus da peste contra Cuba que durante anos devastou a produção suína naquele país.
- O Wall Street Journal publicou um relatório que anunciava que 500 000 crianças vietnamitas nasceram deformadas em consequência da guerra química das forças norte-americanas.
Acordei do pesadelo do sono para o pesadelo da realidade. A guerra que o Senhor Presidente teimou em iniciar poderá libertar-nos de um ditador.
Mas ficaremos todos mais pobres. Enfrentaremos maiores dificuldades nas nossas já precárias economias e teremos menos esperança num futuro governado pela razão e pela moral. Teremos menos fé na força reguladora das Nações Unidas e das convenções do direito internacional. Estaremos,
enfim, mais sós e mais desamparados.
Senhor Presidente:
O Iraque não é Saddam. São 22 milhões de mães e filhos, e de homens que trabalham e sonham como fazem os comuns norte-americanos. Preocupamo-nos com os males do regime de Saddam Hussein que são reais. Mas esquece-se os horrores da primeira guerra do Golfo em que perderam a vida mais de 150000 homens.
O que está destruindo massivamente os iraquianos não são as armas de Saddam. São as sanções que conduziram a uma situação humanitária tão grave que dois coordenadores para ajuda das Nações Unidas (Dennis Halliday e Hans Von Sponeck) pediram a demissão em protesto contra essas mesmas sanções. Explicando a razão da sua renúncia, Halliday escreveu:
"Estamos destruindo toda uma sociedade. É tão simples e terrível como isso. E isso é ilegal e imoral".
Esse sistema de sanções já levou à morte meio milhão de crianças iraquianas.
Mas a guerra contra o Iraque não está para começar. Já começou há muito tempo. Nas zonas de restrição aérea a Norte e Sul do Iraque acontecem continuamente bombardeamentos desde há 12 anos. Acredita-se que 500 iraquianos foram mortos desde 1999. O bombardeamento incluiu o uso
massivo de urânio empobrecido (300 toneladas, ou seja 30 vezes mais do que o usado no Kosovo)
Livrar-nos-emos de Saddam. Mas continuaremos prisioneiros da lógica da guerra e da arrogância. Não quero que os meus filhos (nem os seus) vivam dominados pelo fantasma do medo. E que pensem que, para viverem tranquilos, precisam de construir uma fortaleza. E que só estarão seguros
quando se tiver que gastar fortunas em armas. Como o seu país que dispende 270.000.000.000.000 dólares (duzentos e setenta biliões de dólares) por ano para manter o arsenal de guerra. O senhor bem sabe o que essa soma poderia ajudar a mudar o destino miserável de milhões de
seres.
O bispo americano Monsenhor Robert Bowan escreveu- lhe no final do ano passado uma carta intitulada "Porque é que o mundo odeia os EUA?" O bispo da Igreja Católica da Florida é um ex--combatente na guerra do Vietname. Ele sabe o que é a guerra e escreveu: "O senhor reclama que os EUA são alvo do terrorismo porque defendemos a democracia, a liberdade e os direitos humanos. Que absurdo, Sr. Presidente ! Somos alvos dos terroristas porque, na maior parte do mundo, o nosso governo defendeu a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos dos terroristas porque somos odiados. E somos odiados porque o nosso governo fez coisas odiosas. Em quantos países agentes do nosso governo depuseram líderes popularmente eleitos substituindo-os por ditadores militares, fantoches desejosos de vender o seu próprio povo às corporações norte-americanas multinacionais? E o bispo conclui: O povo do Canadá desfruta de democracia, de liberdade e de direitos humanos, assim como o povo da Noruega e da Suécia. Alguma vez o senhor ouviu falar de ataques a embaixadas canadianas, norueguesas ou suecas? Nós somos odiados não porque praticamos a democracia, a liberdade ou os direitos humanos. Somos odiados porque o nosso governo nega essas coisas aos povos dos países do Terceiro Mundo, cujos recursos são cobiçados pelas nossas multinacionais."
Senhor Presidente:
Sua Excelência parece não necessitar que uma instituição internacional legitime o seu direito de intervenção militar. Ao menos que possamos nós encontrar moral e verdade na sua argumentação. Eu e mais milhões de cidadãos não ficamos convencidos quando o vimos justificar a guerra. Nós preferíamos vê-lo assinar a Convenção de Kyoto para conter o efeito de estufa. Preferíamos tê-lo visto em Durban na Conferência Internacional contra o Racismo.
Não se preocupe, senhor Presidente.
A nós, nações pequenas deste mundo, não nos passa pela cabeça exigir a vossa demissão por causa desse apoio que as vossas sucessivas administrações concederam a não menos sucessivos ditadores. A maior ameaça que pesa sobre a América não são armamentos de outros. É o universo de mentira que se criou em redor dos vossos cidadãos. O perigo não é o regime de Saddam, nem nenhum outro regime. Mas o sentimento de superioridade que parece animar o seu governo.
O seu inimigo principal não está fora. Está dentro dos EUA. Essa guerra só pode ser vencida pelos próprios americanos.
Eu gostaria de poder festejar o derrube de Saddam Hussein. E festejar com todos os americanos. Mas sem hipocrisia, sem argumentação e consumo de diminuídos mentais. Porque nós, caro Presidente Bush, nós, os povos dos países pequenos, temos uma arma de construção massiva: a capacidade de pensar.
Mia Couto
Março de 2003
Postado por
Melody
às
quarta-feira, maio 02, 2007
0
comentários
Marcadores: Para meditar
domingo, setembro 17, 2006
Tibete
O Tibete é um país da Ásia Central, situado na China e tenta sua autonomia desde 1951. É conhecido como "teto do mundo" pois é um vasto planalto localizado a mais de quatro mil metros de altitude. Seus habitantes estão cercados pelas montanhas do Himalaia e por desertos; mas na verdade, isolados do mundo, pois não conhecem os avanços da ciência e jamais ouviram falar em astronautas.
O clima da região é bem rigoroso; a neve permanece nove meses durante o ano. É o país mais religioso do mundo, chegando a ser uma nação unificada no século III d.C., devido à expansão do Budismo. Depois, o país foi dividido em pequenos principados, invadido por mongóis. O primeiro Dalai Lama, autoridade máxima do Budismo Tibetano, assumiu em 1642. O povo tibetano habita a capital Lhasa, fundada há 14 séculos.
Atualmente, existem duas Lhasas, a tradicional - que possui sólidos edifícios de três andares, com telhados coloridos e decorados -, e a moderna -, que surgiu após a invasão chinesa, com uma arquitetura utilitária e largas avenidas. É na velha cidade que se encontra o mais sagrado dos templos tibetanos, o Jokhango, construído no século VII d.C., centro espiritual da nação, que recebe vários peregrinos.
Ao redor do templo, existe um caminho chamado Barkhor, um exótico mercado ambulante de produtos artesanais. Helena Blavatsky, fundadora da Teosofia, designou esse país como o "centro energético do mundo".
No Tibete existe o palácio Potala, que é a imagem mais representativa da nação. Possui treze andares, construído com cobre fundido, para protege-lo dos terremotos.
Em Potala, os livros sagrados budistas eram impressos manualmente, e ainda estão guardadas as escrituras budistas como o Tanjur, com 227 volumes, e o Kanjur, com 108 volumes. Os textos apócrifos relatam a possibilidade de Jesus ter estudado no Tibete; é comum ouvir sobre essa história na velha cidade. O Tibete pode estar longe do mundo, mas é o único lugar do planeta onde os homens procuram desvendar os enigmas da alma humana.
Atualmente, o 14º Dalai Lama, tenta negociar a liberdade do povo tibetano da China. Na sua última conferência realizada nos Estados Unidos em 2001, ele disse: "através da visualização, dou aos chineses meu pensamento positivo, e em troca, recebo a ignorância". A liberdade do Tibete é uma tarefa árdua, que dura mais de cinqüenta anos, contando com a ajuda da ONU e do reconhecimento de poucos outros países.
Monica Buonfiglio
País de Paz e sabedoria, um exemplo a seguir...
Melody
Postado por
Melody
às
domingo, setembro 17, 2006
2
comentários
Marcadores: Para meditar
O que nos dizem...
Porque será que insistimos em contar ás criancinhas histórias de príncipes e princesas que casam, têm muitos filhos e são felizes para sempre?
A versão moderna destes contos infantis são as chamadas revistas cor-de-rosa que exibem uma vasta gama de "beautiful people" permanentemente rodeada de amigos, casas, carros, iates e filhos sempre divertidos e bem vestidos.
Façam o que fizerem, digam o que disserem, a ideia é dar a todas estas pessoas uma imagem próspera e feliz.
Tudo à nossa volta parece indicar que o casamento é sinónimo de felicidade e estabilidade imediatas e nada nem ninguém nos prepara para a realidade que pode ser incrivelmente feliz mas passa por fases de adaptação e tem, necessariamente altos e baixos.
Por outro lado, nunca ninguém diz que, após o nascimento dos filhos, muitos casais entram em crise.
A ilusão que persiste é a de que um filho pode salvar um casamento mas, na verdade, um filho raramente salva um casamento em crise. Antes pelo contrário, pode gerar desentendimentos até num casamento razoavelmente estável.
Casar ou ter filhos podem ser experiências extraordinariamente importantes e construtivas desde que vividas de forma realista. Desde que não contemos com aquilo que ninguém nos pode dar.
Um casamento feliz não tem nada a ver com o clássico mas sim
com um investimento afectivo diário, com uma vontade de fazer mais e melhor e com uma aposta permanente no crescimento, valorização e realização do outro.
Daquele que está ao nosso lado. Só prestando atenção ao outro e ás suas próprias expectativas de felicidade é possível ser feliz e, então sim, ter muitos filhos e ficar juntos para sempre.
Laurinda Alves (Ideias para pensar)
Postado por
Melody
às
domingo, setembro 17, 2006
0
comentários
Marcadores: Para meditar